Oxalá
O Pai de Todos os OrixásOrixá maior, senhor da criação e da paz. Representa a fé pura, a bondade suprema e a luz divina.
Conheça os fundamentos da nossa fé
Aqui você encontrará todo o conhecimento essencial sobre a Umbanda: história, teologia, Orixás, rituais e muito mais. Uma jornada de aprendizado espiritual.
O passo a passo dos trabalhos espirituais
Antes do início de qualquer gira, o filho da casa deve seguir este ritual de preparação:
Coloque suas roupas brancas apropriadas para o trabalho espiritual, demonstrando respeito e pureza.
Vista suas guias (colares sagrados) que representam sua ligação com os Orixás e entidades.
Dirija-se ao Congá (altar sagrado) e bata cabeça, saudando os Orixás e pedindo licença para participar dos trabalhos.
Acenda sua vela do Anjo da Guarda no cruzeiro das almas, firmando sua proteção espiritual para o trabalho.
Trabalhos com Caboclos, Pretos Velhos, Crianças, Baianos e demais entidades de luz
Momento de concentração e silêncio. Os médiuns se posicionam na assistência ou na corrente, conforme orientação dos sacerdotes. É o momento de aquietar a mente e se conectar espiritualmente.
O ambiente é purificado com ervas sagradas. A fumaça remove energias negativas e prepara o espaço para a manifestação espiritual. Todos os presentes são defumados, limpando suas auras.
Os médiuns da corrente batem cabeça para o Babalorixá e a Yalorixá, pedindo a bênção e demonstrando respeito à hierarquia sacerdotal. Este gesto reafirma o compromisso com a casa.
Saudação aos Exus e Pombagiras guardiões da casa, pedindo proteção e segurança para os trabalhos. Mesmo na gira de direita, a esquerda é saudada pois são os guardiões que protegem o terreiro.
Canta-se o Hino da Umbanda, reafirmando a fé na religião e na força dos Orixás. É um momento de união e elevação espiritual de todos os presentes.
Os sacerdotes realizam a abertura oficial dos trabalhos, firmando os pontos de força e invocando a proteção dos Orixás para que a gira transcorra em paz e harmonia.
Reza-se o Pai Nosso, oração universal que conecta todos os presentes à energia divina do Criador, Olorum. É um momento de profunda conexão espiritual.
Reza-se a Ave Maria, honrando a energia feminina divina e as Yabás (Orixás femininas), especialmente Oxum e Iemanjá, mães protetoras de todos os filhos.
Oxalá, o Pai de todos os Orixás, é saudado com pontos cantados. Sua energia de paz, amor e harmonia envolve todo o terreiro, abençoando os trabalhos.
Omolu, o Senhor da Terra e das Almas, é saudado. Sua presença traz cura, transformação e a bênção ancestral dos que já partiram. Ele é o médico espiritual.
O Orixá que rege a gira do dia é saudado com seus pontos específicos. Cada dia da semana possui um Orixá regente que traz sua vibração particular aos trabalhos.
Momento culminante da gira! Os pontos de chamada são cantados para que as entidades se manifestem nos médiuns. Caboclos, Pretos Velhos, Crianças, Baianos e outras entidades de luz descem para trabalhar em prol dos consulentes.
Trabalhos com Exus e Pombagiras - Os guardiões e protetores
A Gira de Esquerda é dedicada aos Exus e Pombagiras, entidades que trabalham na linha de proteção, defesa e abertura de caminhos. São espíritos de luz que atuam nas demandas mais pesadas e na quebra de magias negativas.
Momento de concentração e preparação espiritual. O ambiente é mais reservado, com iluminação reduzida (geralmente apenas velas). Os médiuns se preparam para receber as entidades da esquerda.
Os sacerdotes realizam a abertura dos trabalhos, firmando os pontos de Exu e invocando a proteção do Exu Guardião da casa. É pedida licença aos guardiões para que os trabalhos se realizem em ordem e segurança.
Ogum é saudado como o grande guerreiro e protetor. Ele é invocado para abrir os caminhos e garantir a segurança espiritual de todos durante a gira. Sua força é essencial para os trabalhos de esquerda.
Canta-se o ponto "O Sino da Igrejinha", marcando o início oficial da chamada dos guias de esquerda. Este é um dos pontos mais tradicionais e emocionantes da Umbanda.
"O sino da igrejinha faz belém-blem-blom...
Deu meia-noite, o galo já cantou...
Seu Exu que é dono da gira, ô corre gira que Ogum mandou!"
A origem da religião que nasceu no Brasil
A Umbanda é uma religião genuinamente brasileira, nascida da miscigenação cultural e espiritual de nosso povo. Sua manifestação oficial ocorreu em 15 de novembro de 1908, na cidade de Niterói, Rio de Janeiro.
Zélio Fernandino de Moraes, aos 17 anos, foi levado à Federação Espírita de Niterói por estar apresentando fenômenos mediúnicos. Durante a sessão, incorporou o Caboclo das Sete Encruzilhadas, que anunciou uma nova religião que acolheria a todos sem distinção.
"Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã estarei na casa deste aparelho para dar início a um culto em que estes irmãos poderão dar suas mensagens e cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou."
Na casa de Zélio, em São Gonçalo, foi fundada a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, o primeiro terreiro de Umbanda. A partir dali, a religião começou a se espalhar pelo Brasil.
A Umbanda cresceu e se diversificou em várias vertentes, mantendo seus princípios fundamentais de caridade, humildade e respeito a todas as forças espirituais que atuam para o bem da humanidade.
Presente em todo o Brasil e em diversos países, a Umbanda continua sua missão de acolher a todos, promovendo a caridade, a cura espiritual e a evolução dos seres. Estima-se que existam milhões de adeptos no Brasil.
Nascido em 10 de abril de 1891, Zélio foi o médium que serviu de instrumento para a manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas. Dedicou sua vida à Umbanda, fundando sete tendas e formando diversos sacerdotes. Desencarnou em 1975, deixando um legado espiritual que perdura até hoje.
A estrutura divina e os planos espirituais
Na Umbanda, Olorum (ou Zambi) é o Deus Supremo, a fonte de toda criação. Ele é o princípio primeiro, inominável e inacessível diretamente. Manifesta-se através dos Orixás e das forças da natureza, delegando poderes para que a criação seja mantida e os seres evoluam.
Os Orixás são manifestações da divindade, cada um regendo aspectos específicos da criação. Na Umbanda Sagrada, cultuamos 14 Orixás organizados em 7 Tronos Divinos, cada Trono com um Orixá masculino e um feminino.
As entidades são espíritos evoluídos que trabalham sob a égide dos Orixás. Caboclos, Pretos Velhos, Crianças, Baianos, Marinheiros, Ciganos, Boiadeiros e a Esquerda são linhas de trabalho que atuam na caridade e auxílio espiritual.
A Umbanda compreende que toda ação gera uma reação. O karma não é castigo, mas aprendizado. Através das vidas sucessivas, o espírito tem oportunidade de reparar erros e evoluir em direção à luz.
O espírito é imortal e passa por diversas encarnações para aprender e evoluir. Cada vida é uma oportunidade de crescimento, e a morte é apenas uma transição para outro plano de existência.
Aruanda: Plano superior onde habitam os Orixás e espíritos de alta luz.
Terra: Plano material de aprendizado e evolução.
Umbral: Plano inferior onde espíritos aguardam sua evolução.
Os pilares que sustentam a fé umbandista
Crença em um Deus único, criador de tudo que existe, fonte de toda vida e amor.
O espírito é eterno e sobrevive à morte do corpo físico, continuando sua jornada evolutiva.
Os espíritos podem se comunicar com os vivos através da mediunidade e da prece.
O espírito reencarna várias vezes para evoluir, aprender e reparar seus erros.
Toda ação gera uma reação correspondente que retorna ao seu autor, para aprendizado.
O amor ao próximo manifestado em ações concretas de auxílio e amparo espiritual.
A estrutura divina que rege o universo espiritual
Na Teologia da Umbanda Sagrada, o Divino Criador manifestou-se através de 7 Tronos Divinos, cada um regendo um aspecto fundamental da criação. Cada Trono possui um par de Orixás - um masculino e um feminino - totalizando os 14 Orixás cultuados em nossa casa.
Responsável por despertar e sustentar a fé nos seres. É através da fé que nos conectamos com o divino.
Rege os sentimentos, emoções e relações afetivas. Desperta o amor em todas as suas formas.
Rege a sabedoria, o aprendizado e a expansão da consciência.
Rege o equilíbrio, a retidão e a aplicação das leis divinas.
Rege a organização, a ordem e a execução das leis divinas.
Rege o crescimento espiritual, a transformação e a passagem entre os planos.
Rege a criação da vida, a maternidade e a continuidade da existência.
Conheça cada Orixá, suas cores, velas e atribuições
Orixá maior, senhor da criação e da paz. Representa a fé pura, a bondade suprema e a luz divina.
Senhora do tempo e das estações. Rege os ciclos temporais e as mudanças climáticas.
Orixá do arco-íris, da renovação e do movimento contínuo. Representa a dualidade e a transformação.
Orixá do amor, da fertilidade e das águas doces. Representa a beleza, a riqueza e a maternidade.
Orixá das matas, da caça e do conhecimento. Representa a busca pelo saber e a fartura.
Orixá guerreira, senhora das águas revoltas. Representa a força e a determinação.
Orixá da justiça, dos raios e das pedreiras. Representa a equidade e a determinação.
Senhora do fogo e das chamas purificadoras. Representa a purificação e a transformação.
Orixá guerreiro, senhor dos caminhos, do ferro e da tecnologia. Representa a luta e a coragem.
Senhora dos ventos, das tempestades e dos raios. Representa a mudança e a transformação.
Orixá da terra, da cura e das doenças. Médico dos Orixás, transforma dor em sabedoria.
Orixá mais antiga, senhora da lama primordial. Representa a sabedoria ancestral e o renascimento.
Orixá da passagem entre mundos, senhor das almas. Representa a transformação e a cura profunda.
Grande mãe, rainha dos oceanos. Representa a maternidade, a família e a proteção incondicional.
As entidades que trabalham em nossa casa
Guardiões da casa, responsáveis pela proteção, abertura de caminhos e defesa espiritual.
Sábios conselheiros, portadores de imensa sabedoria e paciência. Trabalham com cura e aconselhamento.
Guerreiros das matas, portadores de força e coragem. Trabalham com cura e limpeza espiritual.
Mensageiros da alegria, portadores de pureza e inocência. Trabalham com cura através da alegria.
Mestres da sabedoria popular, alegres e festeiros. Trabalham com prosperidade e aconselhamento.
Trabalhadores do mar, alegres e comunicativos. Trabalham com limpeza emocional e abertura de caminhos.
Mestres da magia e liberdade. Trabalham com amor, prosperidade e leitura do destino.
Trabalhadores do sertão, fortes e destemidos. Trabalham com descarrego e quebra de demandas.
Magia, sabedoria ancestral e a liberdade do povo cigano
Sara Kali, também conhecida como Sara, a Negra (em romani: Sara la Kali; em francês: Sara la noire), é venerada como santa pela tradição popular católica e reverenciada como a padroeira do povo cigano. O nome Sara, de origem hebraica, significa "princesa" ou "senhora", enquanto Kali vem do sânscrito e significa "negra", referindo-se à sua tez escura.
A primeira menção histórica sobre Sara Kali foi encontrada em um texto de 1521, escrito por Vincent Philippon, intitulado "A Lenda das Santas-Marias", cujas páginas manuscritas estão preservadas na biblioteca de Arles, na França.
Segundo a tradição, Sara vivia em Camargue, no sul da França, entre ciganos do clã Sinte. Uma das lendas conta que ela era uma sacerdotisa-iniciada nos elementos Terra, Água e Ar, vestindo-se de preto por esse motivo. Outra narrativa diz que ela acompanhou Maria Jacobina, Maria Salomé, Maria Madalena, Marta, Lázaro e Maximínio em uma fuga da perseguição romana aos cristãos por volta do ano 50 d.C.
Conta-se que foram lançados ao mar em um barco sem remos nem provisões. Sara teria rezado fervorosamente, prometendo que se chegassem a salvo, ela passaria o resto de seus dias com a cabeça coberta por um lenço. Após alcançarem as praias de Saintes-Maries-de-la-Mer, foram amparados por um grupo de ciganos, e Sara dedicou sua vida ao serviço espiritual.
Seu centro de culto é a cidade de Saintes-Maries-de-la-Mer, na França, onde anualmente, nos dias 24 e 25 de maio, ciganos de todo o mundo se reúnem para celebrá-la. Desde 1936, uma procissão leva sua estátua até o mar, onde ela é submersa até o meio do corpo em um ritual de devoção.
Sua imagem é coberta por lenços, sendo ela uma protetora da maternidade. Mulheres que não conseguem engravidar ou que pedem por um bom parto, ao terem seus pedidos atendidos, depositam aos seus pés um lenço em agradecimento. Centenas de lenços se acumulam aos seus pés como testemunho de sua intercessão.
A Linha dos Ciganos é relativamente recente na Umbanda, tendo se consolidado há pouco mais de 25 anos como uma linha de trabalho espiritual estruturada. Não há um fundador específico; ela surgiu espontaneamente em diversos terreiros espalhados pelo Brasil.
Os espíritos ciganos não se limitam apenas a quem teve uma encarnação cigana. A linha está associada a uma egrégora de prática da caridade, sob a regência maior de Mãe Oroiná, Orixá feminina do Trono da Justiça.
A Linha dos Ciganos representa uma força espiritual encantadora, alegre e profundamente ligada à liberdade, à sabedoria ancestral e à celebração da vida. Não são Exus nem Orixás, mas entidades espirituais que atuam como guias, trazendo os mistérios do povo cigano e sua conexão com a magia e a natureza.
Trabalham na direita, sendo seres de luz que passaram por este mundo compreendendo profundamente a natureza humana, tornando-se importantes orientadores espirituais.
Os ciganos trabalham com as energias do Oriente, utilizando cristais, incensos, pedras energéticas, cores e os quatro elementos sagrados da natureza. Seu atendimento traz leveza e bálsamo para a alma, reavivando a cultura de liberdade no sentido mais prático.
A saudação ao Povo Cigano é "Optchá!" e "Alê Arriba!"
A oferenda para os Ciganos é uma festa! Eles gostam de beleza, fartura e alegria. Geralmente são feitas em campos abertos, perto de uma árvore frondosa, sob a luz da lua cheia ou crescente.
As cores desempenham um papel central na espiritualidade cigana. Cada cor possui sua vibração e significado específico. Os ciganos preferem cores claras e vibrantes, evitando o preto, que representa luto em sua tradição.
Representa a paixão, energia vital, força, coragem e o amor intenso. Velas vermelhas são usadas para trabalhos de amor e vitalidade.
Simboliza a prosperidade, abundância, inteligência, sucesso nos negócios e riqueza material e espiritual.
Representa força mental, confiança, criatividade, entusiasmo, atratividade e empreendedorismo de sucesso.
Simboliza o amor incondicional, a delicadeza, o romantismo, a ternura e os sentimentos puros do coração.
Representa a saúde, esperança, cura, renovação, equilíbrio e conexão com a natureza.
Simboliza a paz, espiritualidade, tranquilidade, harmonia, proteção e elevação espiritual.
Representa a pureza, paz, limpeza espiritual, proteção divina e conexão com o sagrado.
Combina todas as vibrações ciganas: vermelho, amarelo, azul, branco, rosa, verde e laranja. Traz alegria, prosperidade e amor.
A estrutura organizacional do terreiro
Líder máximo do terreiro, responsável pela condução espiritual e administrativa da casa. Possui a autoridade final sobre todos os trabalhos, iniciação de médiuns e decisões do terreiro.
Braços direito e esquerdo do sacerdote. Auxiliam na condução dos trabalhos, orientam os médiuns mais novos e substituem o sacerdote em sua ausência.
Responsável por auxiliar as entidades incorporadas durante os trabalhos. Fornece materiais, anota recados, cuida da segurança do médium e garante o bom andamento do atendimento.
Responsável pelos atabaques e pontos cantados. O ogã é fundamental para manter a vibração espiritual durante as giras através da música sagrada. Possui profundo conhecimento dos pontos de cada linha.
Pessoa que possui mediunidade desenvolvida e serve de instrumento para a manifestação das entidades. Deve zelar por sua saúde física, mental e espiritual.
Todo aquele que frequenta e pertence ao terreiro. Independente de ter ou não mediunidade, participa dos trabalhos, aprende os fundamentos e colabora com a casa.
Importante: A hierarquia na Umbanda existe para manter a ordem e o respeito. Todo filho de santo deve respeitar seus mais velhos de santo, seguir as orientações do sacerdote e zelar pelo bom funcionamento da casa.
Os trabalhos espirituais da Umbanda
É o ritual principal da Umbanda, onde os médiuns incorporam as entidades para trabalhos de caridade. A gira possui uma estrutura definida:
Prática de purificação através da fumaça de ervas sagradas. Cada erva possui propriedades específicas:
Práticas de cura e limpeza energética realizadas pelas entidades ou pelo sacerdote:
Banhos preparados com ervas específicas para diversos fins:
Ofertas rituais aos Orixás e entidades como forma de agradecimento, pedido ou firmeza:
Cânticos sagrados que invocam, homenageiam e despedem as entidades:
Os materiais sagrados utilizados nos trabalhos
Na Umbanda, diversos elementos da natureza são utilizados nos rituais. Cada um possui significado e finalidade específica, servindo como canal de energia para os trabalhos espirituais.
Conectada à Iemanjá, utilizada para limpezas profundas e trabalhos de maternidade, proteção familiar e fertilidade.
Conectada à Oxum, usada em trabalhos de amor, prosperidade, fertilidade e beleza. Traz a energia da água doce corrente.
Poderosa para purificação e limpeza espiritual. Carrega a força da queda d'água que remove negatividades.
Utilizada em trabalhos com a linha das Almas e Omolu. Representa a conexão ancestral e a transformação.
Giz sagrado utilizado para riscar pontos no chão. Cada cor possui significado e é usada conforme a linha de trabalho.
Utilizada para defesa espiritual, quebra de demandas e trabalhos de descarrego pesado. Deve ser manuseada apenas por pessoas experientes.
Oferenda tradicional para Exus, Boiadeiros e algumas entidades. Também utilizada em defumações e descarregos.
Utilizados por Pretos Velhos e outras entidades para limpeza energética e comunicação espiritual.
Representam os Orixás através de suas cores. Usadas em firmezas, oferendas e decoração ritual.
Oferendas importantes para os Orixás. Cada divindade tem suas frutas preferidas que devem ser oferecidas frescas.
Fundamentais para banhos, defumações e oferendas. Cada erva possui propriedades mágicas e medicinais específicas.
Representam a luz e a fé. Cada cor corresponde a um Orixá ou intenção específica no trabalho espiritual.
A escrita sagrada da Umbanda
Os pontos riscados são símbolos gráficos sagrados traçados no chão ou em outros suportes durante os trabalhos de Umbanda. Eles funcionam como a "assinatura espiritual" das entidades e representam a conexão entre o plano material e o espiritual.
Observação: Os pontos riscados são sagrados e possuem poder real. Não devem ser reproduzidos de forma leviana ou sem conhecimento. Apenas entidades incorporadas ou sacerdotes autorizados devem riscar pontos durante os trabalhos.
Princípios morais e conduta do umbandista
A Umbanda é caridade. Todos os atendimentos espirituais devem ser realizados gratuitamente, sem cobrança de valores. "Dai de graça o que de graça recebestes" é um princípio fundamental. A cobrança por trabalhos espirituais é condenada.
Conjunto de leis éticas que regem a conduta do umbandista. Inclui o respeito à hierarquia, a preservação dos segredos rituais, a prática da caridade e a busca constante pela evolução espiritual.
A Umbanda possui uma estrutura hierárquica que deve ser respeitada. O sacerdote é a autoridade máxima do terreiro e suas orientações devem ser seguidas. Os mais novos aprendem com os mais velhos de santo.
Determinados conhecimentos e práticas são transmitidos apenas aos iniciados e no momento apropriado. O segredo não é exclusão, mas proteção tanto do conhecimento quanto daqueles que ainda não estão preparados.
"Com Deus eu posso, sem Deus nada posso. Que Deus me dê forças para fazer o bem e vontade de trabalhar para a caridade."
Termos essenciais da Umbanda
Princípios e regras que regem nosso terreiro
O Sacerdote é a autoridade máxima do terreiro, responsável pela condução espiritual e pelos trabalhos da casa. Toda atividade espiritual — seja dentro ou fora do terreiro — realizada por filhos de santo deve ser previamente comunicada e autorizada. Esta orientação existe para garantir a proteção espiritual de todos e a harmonia dos trabalhos.
Guias de Orixás e de guias espirituais devem ser permitidas pelo Sacerdote. Nenhum filho deve confeccionar ou usar guias sem a devida autorização.
A casa cultua Jesus Cristo e Nossa Senhora com todo respeito, porém não praticamos sincretismo. Oxalá é Oxalá e Jesus é Jesus - cada um com sua identidade própria.
A Umbanda possui hierarquia espiritual e terrena. Respeitar os mais velhos de santo, os sacerdotes e as entidades é fundamental.
A Umbanda é caridade. Todos os atendimentos e trabalhos espirituais são realizados com amor e dedicação, sem distinção de pessoas.
Os guias terrenos da nossa casa
Responsável pela condução espiritual da casa, pelos trabalhos e pela orientação dos filhos de santo.
Corresponsável pela condução espiritual da casa, auxiliando nos trabalhos e na orientação dos filhos de santo.